Bjorn U. ZACHRISSON
Há um consenso na profissão de que os resultados a longo prazo relatados pelo grupo de Seattle se constituem no padrão supremo para a estabilidade da ortodontia edgewise tradicional. Por mais de 35 anos, os membros do Departamento de Ortodontia da Universidade de Washington vêm colecionando registros de diagnóstico de mais de 600 pacientes, dez anos ou mais após a finalização do tratamento ortodôntico. 1-3 O alinhamento a longo prazo nestes casos é altamente variável e muitíssimo imprevisível. O comprimento e a largura do arco tipicamente diminuem à medida que o apinhamento aumenta. O alinhamento inferior satisfatório foi mantido 10 anos após a contenção em menos de 30% dos pacientes com aproximadamente 20% dos casos apresentando apinhamento marcante muitos anos depois da remoção da contenção. As alterações prosseguiram bem nos pacientes com 20 anos e mais,2 mas o índice de alterações diminuiu após os 30 anos. Estas descobertas aparentemente pessimistas não devem gerar uma atitude negativa entre os ortodontistas.4 Devem sim estimular maiores esforços no sentido de se oferecer os melhores resultados possíveis aos nossos pacientes dando-se mais atenção aos detalhes. A chave para uma atuação clínica bem sucedida na ortodontia é reexaminar nossos pacientes tratados, avaliar os resultados cuidadosamente e aprender através dos erros cometidos. Este artigo irá examinar minha própria experiência com respeito à estabilidade a longo prazo de casos ortodônticos bem como os resultados relatados por outros. Meu objetivo é oferecer algumas diretrizes sobre como podem ser feitas melhoras e demonstrar que casos finalizados com excelência apresentem melhor estabilidade que os casos que, sob um exame mais minucioso parecem ter sido subcorrigidos ou expandidos.
Palavras-chave: Recidiva. Contenção. Rotação - correção. Estabilidade. Forma do arco.
Saturday, December 28, 2024 08:44