Claudia OBIJOU, Hans PANCHERS
O objetivo desta pesquisa foi analisar quantitativamente as mudanças sagitais dentárias e esqueléticas que contribuem para a correção oclusal no tratamento de 14 casos de má-oclusão Classe II, Divisão 2 com o aparelho de Herbst. Quarenta indivíduos Classe II, Divisão 1 com o aparelho de Herbst foram utilizados para comparação. As radiografias laterais antes e após o tratamento com o aparelho de Herbst foram analisadas segundo o método de PANCHERZ1. Os resultados revelaram que todos os pacientes foram tratados para uma relação molar Classe I ou molar Classe I sobrecorrigida e incisivos topo a topo. As alterações esqueléticas da maxila e mandíbula foram semelhantes nos dois grupos examinados. Nos indivíduos Classe II, Divisão 2, a correção sagital do molar e do trespasse horizontal alcançaram uma média de 5,9mm e 3,1mm, respectivamente. Ao comparar os indivíduos Classe II, Divisão 2 com os indivíduos Classe II, Divisão 1, a correção do trespasse horizontal foi, por razões naturais, significantemente maior (p menor que 0,001) nos indivíduos Classe II, Divisão 1. Nos indivíduos com má-oclusão Classe II, Divisão 2, os incisivos superiores foram vestibularizados (média = 3,0mm) enquanto que nos indivíduos com má-oclusão Classe II, Divisão 1, os incisivos foram lingualizados (média = 2,3mm). Emmédia, os incisivos inferiores vestibularizaram mais (p menor quer 0,05) nos indivíduos Classe II, Divisão 2 (média = 3,4mm) que nos indivíduos Classe II, Divisão 1 (média = 2,4mm). Para a correção sagital do molar, nenhuma diferença nos movimentos dentários foi observada nos dois grupos com má-oclusão. Concluindo, foi verificado que o aparelho de Herbst é mais eficaz no tratamento da má-oclusão Classe II, Divisão 2. A vestibularização dos incisivos inferiores durante o tratamento (perda da ancoragem) é vantajosa neste tipo de má-oclusão.
Palavras-chave: Aparelho de Herbst. Maloclusão de Angle Classe II divisão 2.
Saturday, November 23, 2024 05:48