Daniela Gamba GARIB, José Fernando Castanha HENRIQUES, Guilherme JANSON
A expansão rápida da maxila determina, simultaneamente à abertura da sutura intermaxilar, alterações esqueléticas no sentido ântero-posterior e vertical. Deste modo, este estudo cefalométrico objetivou inspecionar, longitudinalmente, a influência da utilização de expansores com bandas sobre o comportamento da face, no plano sagital. A amostra consistiu de 25 pacientes apresentando más oclusões de Classe I e II de Angle com mordida cruzada posterior uni ou bilateral, tratados com o procedimento de expansão rápida da maxila previamente à mecanoterapia com a técnica edgewise simplificada. Esta amostra foi comparada a um grupo de 25 pacientes Classe I e II que receberam tratamento corretivo sem expansão prévia, e a um grupo controle de 26 jovens, pareados por sexo e idade com os pacientes dos demais grupos. Utilizaramse telerradiografias em norma lateral tomadas ao início, término e três anos após o tratamento corretivo completo. Os resultados patentearam que, a longo prazo, a expansão rápida da maxila: não apresentou influência sobre a posição ântero-posterior das bases ósseas apicais; não alterou o padrão de crescimento facial e as dimensões verticais da face; não influiu significantemente no posicionamento vertical dos primeiros molares, na inclinação vestibulolingual dos incisivos superiores e inferiores, e nos trespasses horizontal e vertical. Concluiu- se que as alterações cefalométricas, observadas logo após a expansão rápida da maxila, constituem fenômenos temporários, e portanto, não requerem precauções quando da aplicação deste procedimento em pacientes com padrão de crescimento predominantemente vertical.
Palavras-chave: Cefalometria. Expansão rápida da maxila. Estabilidade longitudinal.
Saturday, December 28, 2024 08:03