Felipe FRONZA, Romeu Valério KOWALSKI, Roberto Hideo SHIMIZU, Douver MICHELON, Orlando Motohiro TANAKA
A respiração bucal crônica pode ser definida como uma respiração habitual pela boca, ao invés de ser realizada pelo nariz, devido à elevada resistência nasal, acarretando adaptações de tecidos moles e estruturas esqueléticas adjacentes no sentido de manter suficientemente aberto o espaço faringiano, o que resulta em modificações na posição postural da mandíbula, dando margem ao surgimento da má oclusão. No presente estudo foi realizada uma avaliação morfofuncional da região medial superior do músculo orbicular da boca, investigando possíveis correlações com a respiração bucal. A amostra consistiu de 50 crianças entre seis e nove anos de idade, brasileiras, leucodermas, sendo 25 do gênero feminino e 25 do gênero masculino, com má oclusão de Classe II, divisão 1 de Angle1 e modos respiratórios predominantemente nasal ou bucal. A forma do lábio superior foi estudada em telerradiografias de perfil, utilizando-se mensurações lineares representativas da altura e da espessura do mesmo. A avaliação funcional consistiu na análise eletromiográfica, realizada durante a situação de repouso e em mais 21 movimentos lábio-mandibulares, por meio de eletrodos de superfície. Os dados coletados foram submetidos à estatística descritiva, teste (Student) para amostras independentes e teste F para duas variâncias. Os resultados revelaram que não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos estudados em relação à forma do lábio superior, assim como para a função, não havendo correlação entre a morfologia e comportamento funcional da região medial, porção superior, do músculo orbicular da boca para toda a amostra avaliada, independentemente do modo respiratório.
Palavras-chave: Respiração bucal. Lábio superior. Músculo orbicular da boca. Má oclusão. Eletromiografia.
Saturday, November 23, 2024 05:57