Andressa Otranto de Britto TEIXEIRA, Paulo José MEDEIROS, Jonas CAPELLI JUNIOR
Introdução: a má oclusão de Classe III é caracterizada por uma discrepância esquelética ântero-posterior, podendo ou não estar acompanhada de alterações verticais, mas comumente apresenta alterações transversais associadas. O aspecto facial fica comprometido nesses pacientes, sendo esse um dos fatores que os motivam a procurar o tratamento ortodôntico. Quando o paciente encontra-se na faixa de 8 a 10 anos de idade, uma abordagem precoce é indicada. Quando o paciente é adulto e o crescimento já cessou, o tratamento vai ser decidido entre a camuflagem ortodôntica e os procedimentos ortocirúrgicos clássicos. O problema quanto à decisão terapêutica está no paciente adolescente, com acentuadas Classes III esqueléticas, quando os procedimentos interceptativos não mais surtirão o efeito desejado e as alterações faciais são muito significativas. Ainda haverá crescimento e muitas vezes há comprometimento psicossocial ou funcional. Objetivo: propor uma abordagem cirúrgica precoce como alternativa de tratamento para esses pacientes, mesmo que uma segunda cirurgia seja necessária após o término do crescimento. Discussão: para se propor essa terapia, vários critérios devem ser observados para que realmente o paciente tenha benefícios com esta intervenção precoce, como pouca discrepância intra-arco e possibilidade de preparo ortodôntico pré-cirúrgico rápido. Conclusão: deve-se ter ciência que um segundo tratamento ortocirúrgico provavelmente se fará necessário após o término do crescimento e que esse tipo de tratamento não deve ser empregado como rotina.
Palavras-chave: Má oclusão de Classe III. Ortodontia. Cirurgia ortognática precoce.
Saturday, December 28, 2024 09:07