Luciane Q. CLOSS, Betina GREHS, Dirceu Barnabé RAVELLI, Cassiano Kuchenbecker RÖSING
Objetivos: o objetivo deste estudo foi investigar se alterações na posição vestibulolingual dos incisivos inferiores em adolescentes podem predispor ao desenvolvimento de recessões gengivais. Métodos: documentações de 189 adolescentes leucodermas (107 meninos e 81 meninas) pré e pós-tratamento ortodôntico foram selecionadas. Os pacientes apresentavam uma idade média de 11,2 ± 1,9 anos nos exames iniciais e 14,7 ± 1,8 anos nos exames finais. A presença de recessão gengival foi avaliada em modelos de estudo e em fotografias. A inclinação dos incisivos inferiores, em relação ao plano mandibular (IMPA) foi medida nos cefalogramas laterais pré e pós-tratamento e os casos foram divididos em proclinados, retroinclinados e inalterados. Resultados: não foi observada associação significativa entre a alteração da inclinação dentária e a presença de recessões gengivais, utilizando o teste do qui-quadrado (p = 0,277). Foi observado que 107 pacientes (56,6%) apresentaram os incisivos proclinados; 64 pacientes (33,9%) com incisivos retroinclinados; e 18 pacientes (9,5%) não apresentaram alteração na inclinação. Nos casos em que novas recessões gengivais ocorreram, 64,9% foram vestibularizados, 26,3% foram lingualizados e 8,8% não apresentaram alteração na inclinação. No grupo de pacientes que apresentou migração coronal da margem gengival, 60% foram movimentados para lingual, 30% foram vestibularizados e 10% não alteraram de posição. Conclusões: apesar de a porcentagem de casos que foram vestibularizados apresentar um maior número de novas recessões, esse não foi estatisticamente significativo.
Palavras-chave: Incisivos inferiores. Inclinação. Recessão gengival. Movimentação ortodôntica.
Saturday, November 23, 2024 06:12