Ana Carla Raphaelli NAHÁS-SCOCATE, Fernando Vusberg COELHO, Viviane Chaves de ALMEIDA
Introdução: avaliar a prevalência de bruxismo na dentadura decídua e a associação existente entre este hábito e a presen- ça ou não de mordida cruzada posterior. Métodos: foram avaliados 940 prontuários do arquivo de documentações da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), sendo que 67 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão. Logo, 873 , de ambos os sexos, na faixa etária de 2 a 6 anos, procedentes de seis escolas municipais de educação infantil da zona leste da cidade de São Paulo, compuseram a amostra desse estudo. Os dados foram coletados por meio de questionários respondidos pelos pais/responsáveis e exames clínicos, realizados em ambiente escolar, para obtenção das características oclusais no sentido transversal. Primeiramente, efetuou-se uma análise estatística descritiva de todas as variáveis avaliadas na amostra (idade, sexo, raça, mordida cruzada posterior, bruxismo, dor de cabeça e sono agitado) e, em seguida, utilizou-se o teste qui-quadrado, com grau de significância de 0,05%, e um modelo de regressão logística para a presença do bruxismo. Resultados: a prevalência desse hábito parafuncional foi de 28,8% do total da amostra, e 84,5% não apresentaram mordida cruzada posterior. Quanto à associação de bruxismo com a mordida cruzada posterior, não foram encontrados resultados significativos. Verificou-se, também, que as crianças com sono agitado possuem 2,1 vezes mais chances de desenvolver o bruxismo e, as com dor de cabeça, 1,5 vezes. Conclusão: o plano transversal de oclusão não apresentou relação com o hábito do bruxismo.
Palavras-chave: Má oclusão. Bruxismo. Epidemiologia.
Como citar: Nahás-Scocate ACR, Coelho FV, Almeida VC. Bruxism in children and transverse plane of occlusion: Is there relationship or not? Dental Press J Orthod. 2014 Sept-Oct;19(5):67-73. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.5.067-073.oar
Saturday, November 23, 2024 06:12