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Avaliação cefalométrica das mudanças na dimensão vertical e da posição dos molares em tratamentos sem extrações, com alinhadores ou aparelho fixo tradicional, em adultos

Hailee RASK, Jeryl D. ENGLISH, Clark COLVILLE, Fred Kurtis KASPER, Ronald GALLERANO, Helder Baldi JACOB

Introdução: Ortodontistas têm usado os alinhadores transparentes para tratar más oclusões, e um potencial efeito dessa modalidade de tratamento é a intrusão e/ou resistência à extrusão dos dentes posteriores. Esse efeito “bite-block” é essencialmente empírico, tendo em vista a ocorrência frequente de mordidas abertas posteriores em pacientes após a terapia com alinhadores transparentes. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi comparar as mudanças promovidas pelos alinhadores transparentes e aparelho fixo convencional nas medidas cefalométricas de dimensão vertical e posição dos molares em pacientes adultos com má oclusão de Classe I tratados sem exodontias. Métodos: Radiografias cefalométricas laterais pré- e pós-tratamento de pacientes adultos tratados com alinhadores transparentes (n = 44) ou com aparelho fixo tradicional (n = 22) foram selecionadas para uma análise retrospectiva. Oito medidas de intervalo e uma medida nominal foram avaliadas: trespasse vertical anterior (OB), ângulo do plano mandibular em relação à base do crânio (SN.MP) e em relação ao Plano de Frankfurt (FMA), altura do molar inferior (L6H) e altura do molar superior (U6H), ângulo do plano palatal ao plano mandibular (PP.MP), altura facial anterior inferior (AFAI), altura facial anterior total (AFAT) e mordida aberta posterior (Posterior_OB). Um mesmo examinador fez todos os traçados cefalométricos, e as mudanças nas medidas da dimensão vertical foram comparadas intra e intergrupos. Resultados: OB diminuiu (1,15 mm) e L6H aumentou (0,63 mm) no grupo de aparelho fixo tradicional. Os ângulos do plano mandibular (em relação à base do crânio e ao plano de Frankfurt) aumentaram (0,43° e 0,53°, respectivamente) no grupo dos alinhadores invisíveis, mas apenas o FMA apresentou diferença significativa entre os grupos (diferença de 0,53o). AFAI e AFAT aumentaram (variando de 0,52 mm a 0,80 mm) em ambos os grupos, sem diferenças entre as modalidades de tratamento. A presença de uma mordida aberta posterior visível aumentou significativamente durante o curso do tratamento. OB, FMA e L6H exibiram interação entre o estágio (pré- e pós-tratamento) e a modalidade do tratamento (terapia com alinhadores invisíveis ou aparelho fixo tradicional); porém, não foi encontrada interação entre essas três variáveis. Conclusões: A evidência não suporta a teoria de que a terapia com alinhadores invisíveis produz melhor controle da dimensão vertical do que com o aparelho fixo. O tratamento com aparelhagem fixa extruiu ligeiramente o molar inferior, e o tratamento com alinhadores invisíveis produziu uma ligeira rotação da mandíbula para posterior.

Palavras-chave: Alinhador transparente. Aparelho fixo tradicional. Dimensão vertical. Altura do molar.

Como citar: Rask H, English JD, Colville C, Kasper FK, Gallerano R, Jacob HB. Cephalometric evaluation of changes in vertical dimension and molar position in adult non-extraction treatment with clear aligners and traditional fixed appliances. Dental Press J Orthod. 2021;26(4):e2119360. https://doi.org/10.1590/2177-6709.26.4.e2119360.oar

Wednesday, May 08, 2024 19:16