|Carla Franco Hoffmann|Famiely Colman Machado de Machado|Carolina Lisboa Mezzomo|
A respiração bucal ocorre desde o momento em que há perda do vedamento labial e, consequentemente, acarreta alterações orofaciais, posturais, oclusais, de comportamento, dificuldades escolares e doenças do sono que interferem na qualidade de vida das crianças. Os sujeitos dolicofaciais apresentam maior incidência de respiração bucal, contudo, não é possível afirmar que o tipo facial determina a presença de respiração bucal. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar e comparar a posição habitual de língua e lábios de acordo com os tipos faciais em crianças com respiração bucal orgânica e funcional. A amostra foi composta de 21 crianças, com idades entre 8 e 9 anos, com diagnóstico otorrinolaringológico de respiração bucal orgânica ou funcional. Foram avaliados o tipo facial e posição habitual de lábios e língua. Houve maior incidência de respiração bucal funcional. O tipo facial mais encontrado foi dolicofacial e a amostra composta por maioria feminina. Referente à tipologia facial, os sujeitos dolicofaciais e braquifaciais apresentaram valores estatisticamente significativos de posições dos lábios, principalmente abertos, entreabertos, fechados e fechados com tensão. Quanto à posição de lábios, a mais encontrada, com valor estatisticamente significativo, foi a fechada, em respiradores bucais funcionais. Não houveram valores estatísticos quanto à posição de língua conforme o tipo de respiração bucal. Pode-se concluir que, independente da etiologia da respiração bucal, ocorreram prejuízos quanto à posição habitual de língua, uma vez que a amostra era composta unicamente por respiradores bucais.
Palavras-chave: |Respiração bucal|Língua|Assistência odontológica para crianças|Reabilitação|
Saturday, December 28, 2024 00:06