Nathalia Barbosa Palomares, George Nunes Bueno, Maria Teresa de Andrade Goldner, Alvaro de Moraes Mendes
Introdução: Embora se saiba que algumas alterações hormonais podem afetar o tratamento ortodôntico, existe uma escassez de dados publicados sobre a relação entre essas alterações do sistema endócrino e os possíveis problemas durante o tratamento ortodôntico. Quase todos os estudos foram experimentais, realizados em ratos; os estudos em humanos foram raros, com preponderância de relatos de casos e avaliação de um único hormônio. Objetivo: A presente revisão busca sintetizar, para o ortodontista clínico, a evidência disponível sobre os principais aspectos que devem ser observados para o tratamento de pacientes portadores de alterações endócrinas, sob o ponto de vista ortodôntico, quanto aos aspectos de crescimento craniofacial, erupção e movimentação dentária, os quais requerem cuidados especiais e que podem apresentar possíveis limitações para o tratamento ortodôntico. Métodos: Por meio de busca nas bases de dados Medline, PubMed, Cochrane, Embase, Lilacs e BVS, foram selecionados os artigos mais relevantes que avaliaram pacientes com as características acima descritas. Resultados: Os hormônios somatotrófico, insulina, paratormônio e esteroides sexuais podem induzir alterações indesejadas no crescimento craniofacial, metabolismo ósseo e no aumento de predisposição a problemas periodontais, o que requer adequação do plano de tratamento pelo ortodontista. Há pouca evidência sobre o uso dos hormônios tiroxina, relaxina, vitamina D e calcitonina para evitar reabsorção radicular e aumentar a velocidade de movimentação dentária. Conclusão: Mais estudos com seres humanos, de alto nível de evidência, são necessários para aprofundar o conhecimento sobre a influência dos hormônios na Ortodontia, para reduzir o risco de efeitos indesejados e aumentar a previsibilidade dos resultados a serem obtidos.
Friday, December 27, 2024 23:58