Fernando Rayes Manhães
A má oclusão de Classe III esquelética apresenta possibilidade de correção no paciente em fase de crescimento. Diante de uma maxila retruída, associada a nenhuma ou pequena protrusão mandibular, a protração maxilar, precedida ou não pela disjunção palatina, é o procedimento mais utilizado pelos ortodontistas. A protração maxilar tem como resultado o reposicionamento anteroinferior da maxila, com rotação horária da mandíbula; entretanto, promove compensações dentárias e, para apresentar bons resultados, está limitada a idades muito precoces. O presente artigo tem como objetivo demonstrar, por meio de relatos de casos clínicos, o tratamento da Classe III esquelética com ancoragem óssea, potencializando os resultados da protração e anulando ou diminuindo os efeitos dentários indesejáveis. Esse protocolo foi utilizado em pacientes antes do pico do surto de crescimento puberal e o tratamento incluiu a expansão rápida da maxila, com apoio nos molares e em dois mini-implantes (Hyrax híbrido), associada a elásticos de Classe III utilizados 24 horas/dia, ligados a uma miniplaca na região do mento, ou a um dispositivo apoiado sobre dois mini- -implantes (Barra Manhães), além da máscara facial noturna. Observou-se considerável avanço maxilar, melhor colaboração, ausência de compensações dentárias e efetivo custo-benefício ao paciente.
Palavras-chave: Má oclusão Classe III de Angle. Procedimentos de ancoragem ortodôntica. Técnica de expansão palatina.
Como citar: Manhães FR. Tratamento precoce da má oclusão de Classe III com “ancoragem esquelética” — Hyrax híbrido, miniplaca e Barra Manhães. Rev Clín Ortod Dental Press. 2017 Out-Nov;16(5):78-95. DOI: https://doi.org/10.14436/1676-6849.16.5.078-095.art
Saturday, November 23, 2024 05:36