Alberto CONSOLARO e Mauricio de Almeida CARDOSO
INTRODUÇÃO: Não há como compreender onde haveria uma falha nos primórdios da odontogênese que pudesse ser chamada de “falha primária de erupção”. OBJETIVO: Uma análise bem fundamentada desse “diagnóstico” é o objetivo do presente artigo. DISCUSSÃO: A ossificação e o desenvolvimento dos germes dentários geram forças que expandem seu volume em todas as direções. Os dentes em formação tendem a se direcionar para o plano oclusal e a formar o processo alveolar, por apresentarem mais mediadores do tipo EGF nos seus espaços e tecidos pericoronários do que nas demais regiões. Os dentes com “falha primária de erupção” quase sempre têm anquilose e reabsorção dentária por substituição que não foram diagnosticadas, por serem usadas radiografias panorâmicas. Com as radiografias periapicais e tomografias, a causa local quase sempre é identificada. O histórico do paciente também é muito importante nessa identificação. CONCLUSÃO: Não existiria uma “falha primária de erupção”, mas se, após excluídas todas as causas, tender-se a usar esse termo, o mais adequado seria substituí-lo por “falha idiopática de erupção”, pois não se conseguiu identificar a causa localmente, mas ela existe, ou existiu, e não conseguimos descobri-la.
Palavras-chave: Erupção. Falha primária da erupção. Anquilose alveolodentária. Reabsorção dentária por substituição. Infraoclusão.
Como citar: Consolaro A, Cardoso MA. Does “Primary failure of eruption” exist? Clin Orthod. 2021 Dec-2022 Jan;20(6):108-15.
Saturday, December 28, 2024 00:53