Angelo Menuci Neto
Quando Starck e Epker17 publicaram seu artigo sobre a perda de 5 implantes que suportavam um protocolo protético fixo na mandíbula, após cerca de 18 meses em função, e sugeriram a influência da terapêutica com etidronato de sódio (um bisfosfonato) – à qual a paciente havia sido submetida nesse período –, iniciou-se uma nova fase nas pesquisas clínicas e experimentais sobre os efeitos de medicamentos, dieta e condições sistêmicas dos pacientes que recebiam implantes. Esses autores relataram que ainda não havia, na época, nenhum artigo publicado que relacionasse o insucesso de implantes ao uso de medicamentos. A hipótese apresentada nesse artigo17 é de que hábitos parafuncionais – a paciente submeteu-se a um programa de controle de peso com resultado positivo significativo, o qual culminou na dificuldade em estabilizar a prótese total que a paciente usava e consequente desenvolvimento de hábito de apertamento da prótese, para mantê-la em posição – associados ao uso desse bisfosfonato foram os responsáveis pela falha de todos os implantes da paciente. Pela primeira vez, associava-se a terapia com bisfosfonatos e o tratamento com implantes dentários.
domingo, 29 de diciembre de 2024 16:53