Omar Gabriel da SILVA FILHO, Flávio Mauro FERRARI JÚNIOR, Roberta Martinelli CARVALHO, Reinaldo MAZZOTTINI
Definidas como a falta de coalescência entre os processos faciais embrionários e entre os processos palatinos, as fissuras lábiopalatais representam um desafio à integração social de seu portador, pois, quando acometem o lábio, estampam na face suas marcas inexoráveis e, quando acometem apenas o palato, deixam suas seqüelas no mais importante processo da comunicação: a fala. O processo de reabilitação das fissuras lábio-palatais é complexo e lento, portanto, deve ser formulado com prudência e coerência. A seqüência terapêutica tem início bem cedo, nos primeiros anos e meses de vida, com as cirurgias primárias do lábio e palato. Nas fissuras completas de lábio e palato, essas cirurgias passam a exercer um papel negativo sobre a face média, impedindo-a de alcançar a plenitude do seu potencial genético de crescimento. À ortodontia cabe a supervisão do crescimento facial durante o desenvolvimento da oclusão, com o objetivo de reduzir o déficit maxilar a partir do final da dentadura decídua e do qual a ortopedia maxilar precoce, pré e pós-cirurgias primárias, é excluída. Este artigo se refere à reabilitação facial e oclusal de um paciente portador de uma fissura unilateral completa de lábio e palato, através da interação ortodontia/cirurgia ortognática/cirurgia plástica. Na realidade, o tratamento aqui apresentado representa apenas um dos pilares do longo processo reabilitador, que deve sempre incluir, entre outras especialidades, a fonoaudiologia, para que a reabilitação seja completa e consiga reintegrar o indivíduo no seu universo social.
Palabras Clave: Fissura palatina. Tratamento ortodôntico. Cirurgia ortognática.
sábado, 23 de noviembre de 2024 09:44