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Alteração Clínica da Face em Crescimento: Uma Comparação Cefalométrica entre os Aparelhos Extrabucal Cervical, Frankel e Herbst, no Tratamento das Classes II

Weber URSI, James MCNAMARA JR., Décio Rodrigues MARTINS

Realizou-se um estudo cefalométrico, em telerradiografias em norma lateral, objetivando-se determinar o efeito no complexo craniofacial de pacientes com más-oclusões de Classe II, tratados com os aparelhos extrabucal cervical, Frankel e Herbst. Foram comparados 30 pacientes tratados com o aparelho extrabucal, 35 com o de Frankel e 29 com o de Herbst, com idades iniciais entre 9 e 12 anos. Como grupo controle foram selecionados 29 jovens com más-oclusões de Classe II, não submetidos a tratamento ortodôntico, pareados cronologicamente aos grupos experimentais. Os efeitos do tratamento foram identificados utilizando- se 45 variáveis cefalométricas convencionais, lineares e angulares, derivadas de diversas análises. Os resultados evidenciaram uma grande similaridade entre os 4 grupos, na fase pré-tratamento, indicando a possibilidade de comparações diretas, em função da homogeneidade de seus arranjos dentoesqueléticos. Ao final do período experimental, constatou-se que os distintos aparelhos provocaram efeitos específicos sobre os diversos componentes avaliados. O crescimento maxilar anterior foi significantemente restringido pelo aparelho extrabucal cervical, sendo menos influenciado pelos outros dois aparelhos. O crescimento mandibular foi significantemente maior nos grupos tratados com os aparelhos de Frankel e Herbst, resultando em um aumento no grau de protrusão mandibular, em comparação com os grupos controle e extrabucal cervical. A relação maxilomandibular melhorou significantemente em todos os grupos tratados, como resultado dos efeitos de cada aparelho sobre a maxila e a mandíbula. Nenhum dos aparelhos influenciou decisivamente o padrão de crescimento craniofacial, não se verificando alterações nos vetores de deslocamento maxilar e mandibular. As alturas faciais totais anterior e posterior demonstraram aumentos significantes nos três grupos experimentais, sendo que estes incrementos concentraram-se principalmente nos terços inferiores dos pacientes tratados com os aparelhos Frankel e Herbst. Os efeitos mais significantes no componente dentoalveolar superior consistiram numa maior retração dos incisivos, nos grupos tratados com os aparelhos extrabucal e Frankel e numa distalização dos molares pelos aparelhos de Herbst e extrabucal cervical. O aparelho de Herbst foi o que mais influenciou o componente dentoalveolar inferior, provocando uma maior movimentação mesial dos molares e uma vestibuloversão dos incisivos.

Palabras Clave: Crescimento. Cefalometria. Aparelho de Frankel. Herbst. Má-oclusão Classe II. Tratamento da Classe II.

sábado, 23 de noviembre de 2024 09:35