Leopoldino CAPELOZZA FILHO, Sérgio Luiz Menezes Coelho de SOUZA, Arlete de Oliveira CAVASSAN, Terumi Okada OZAWA
Controvérsias na leitura cefalométrica da AFAi (Altura Facial Anterior inferior) e no diagnóstico clínico baseado na análise facial em casos de más oclusões do padrão II por deficiência mandíbular, motivaram este artigo. Compusemos uma amostra formada por 26 pacientes portadores desta má oclusão, sem distinção de gênero e idade, tratados no curso de especialização da PROFIS do HRAC - USP, Bauru. A amostra foi caracterizada utilizando-se um conjunto de medidas cefalométricas clássicas (SNA, SNB, ANB, NAP, AFAi, SNPO, SNGoGn, CoA, CoGn) e testamos uma forma alternativa para medir a AFAi, onde os pontos espinha nasal anterior (ENA) e mentoniano (Me) foram projetados perpendicularmente a um plano frontal que passa por násio, perpendicular ao plano de Frankfurt (Nperp A) e a distância entre eles medida linearmente. Os resultados foram confrontados com os valores obtidos da medição da AFAi como preconizado por McNamara, em 1984. Encontrou-se uma relação inversa entre a AFAi convencional e a AFAi perpendicular. Esta diferença foi estatisticamente significante para toda a amostra e apresentou alta correlação. A AFAi perpendicular foi sempre menor em toda amostra e exibiu uma tendência de ser tanto menor quanto maior fosse o valor de SNGoGn. Estes achados levaram a crer que a AFAi perpendicular, medida como preconizada neste artigo, torna o triângulo de McNamara mais equilibrado. Isso confere à avaliação cefalométrica a capacidade de identificar a diminuição da AFAi, característica facial típica do portador de deficiência mandibular, além de permitir um entendimento mais claro dos efeitos do tratamento nessa dimensão.
Palabras Clave: Má oclusão. Padrão II. Classe II. Cefalometria.
sábado, 23 de noviembre de 2024 09:08