Mônica Cunha MACEDO, Fernanda ANGELIERI, Silvana BOMMARITO, Eduardo Kazuo SANNOMIYA
Objetivo: avaliar a neoformação óssea da sutura palatina mediana por meio da análise de densidade óptica após a expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC). Métodos: a amostra estudada consistiu de 16 pacientes, sendo 6 do gênero masculino e 10 do gênero feminino. Todos os pacientes apresentavam atresia maxilar com mordida cruzada posterior e foram submetidos à ERMAC. Foram realizadas radiografias oclusais parciais da região dos incisivos superiores em quatro fases: antes da ERMAC (fase I), após o fim da ativação do parafuso expansor (fase II), três meses após a ativação do parafuso expansor (fase III), e seis meses após a ERMAC (fase IV). Uma escala de alumínio com oito degraus, variando de 1 a 8mm, foi adaptada no extremo das radiografias. A análise da densidade óptica foi feita após a digitalização das radiografias, utilizando-se o software Image Tool® (UTHSCSA, San Antonio, Texas, EUA). Em cada uma dessas fases, duas áreas foram selecionadas e analisadas. A região “A” (anterior) mediu 8 x 1mm2 e localizou-se a 1,2cm da tangente situada nos incisivos centrais superiores na região da sutura palatina mediana. A região “B” (posterior) mediu 5 x 9mm2 e localizou-se a 4,3cm da tangente situada nos incisivos centrais superiores na região da sutura palatina mediana. Resultados: na região “A”, comparandose a fase I com a fase II, e a fase I com a fase III, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas – p < 0,0001 e p < 0,0001, respectivamente –; comparando-se a fase I com a IV, e a fase II com a III, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas – p = 0,0169 e p = 0,0004, respectivamente –; comparando-se as fases II e IV, e a fase III com a IV, diferenças estatisticamente significativas também foram encontradas – p < 0,0001 e p = 0,0023, respectivamente. Na região “B”, comparando-se as fases I e II, e a fase I com a III, diferenças estatisticamente significativas foram encontradas – p < 0,0001 e p < 0,0001, respectivamente –; comparando-se a fase I com a fase IV, nenhuma diferença estatisticamente significativa foi observada (p = 0,1152); comparando-se a fase II com a fase III, a fase II com a IV, e a fase III com a IV, diferenças estatisticamente significativas foram encontradas – p = 0,0002, p < 0,0001 e p = 0,0010, respectivamente. Conclusões: a análise da densidade óptica permite ao cirurgião bucomaxilofacial e ao ortodontista um controle melhor do tratamento após a ERMAC. Seis meses após a ERMAC, a neoformação óssea da sutura palatina mediana não está completa na região “A” (p < 0,05), mas na região “B” nenhuma diferença estatisticamente significativa foi observada (p > 0,05) entre as fases I e IV.
Palabras Clave: Radiografia. Densidade óptica. Neoformação óssea. Expansão rápida da maxila.
sábado, 23 de noviembre de 2024 09:09