Alberto CONSOLARO, Maurício Almeida CARDOSO, Renata Bianco CONSOLARO
A relação entre a anodontia parcial do incisivo lateral e o deslocamento palatino do canino superior não irrompido não pode ser considerada uma anomalia dentária múltipla com etiopatogenia genética definida, a ponto de ser considerada como uma “síndrome”. Os genes envolvidos sequer foram identificados e localizados no genoma humano, e nem mesmo presumiu-se em qual cromossomo se localizaria o gene responsável. O deslocamento palatino do canino superior em casos de anodontia parcial do incisivo lateral superior está potencialmente associado às mudanças ambientais provocadas pela sua ausência no local de formação e erupção, o que caracterizaria uma etiologia epigenética para essa associação. A falta do incisivo lateral superior na região canina implicar em tirar um dos guias referenciais da trajetória eruptiva do canino superior, que ficaria, assim, não irrompido e/ou impactado no palato. Como consequência, e em sequência, promove-se uma má oclusão, atresia maxilar, transposição, retenção prolongada do canino decíduo e reabsorções nos dentes vizinhos. Dessa forma, pode-se afirmar que estamos frente a um conjunto de anomalias e alterações múltiplas sequenciais conhecido como anomalias de desenvolvimento sequencial ou, simplesmente, sequência. Uma vez aceita a condição epigenética e sequencial para esse quadro clínico, ele poderia ser chamado de “Sequência da Anodontia Parcial do Incisivo Lateral Superior”.
Palabras Clave: Anodontia parcial. Dentes conoides. Caninos impactados. Dentes não irrompidos.
Cómo citar: Consolaro A, Cardoso MA, Consolaro RB. “Maxillary lateral incisor partial anodontia sequence”: a clinical entity with epigenetic origin. Dental Press J Orthod. 2017 Nov-Dec;22(6):28-34. DOI: https://doi.org/10.1590/2177-6709.22.6.028-034.oin
sábado, 23 de noviembre de 2024 05:44