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Própolis como agente terapêutico alternativo para o controle do biofilme dentário

|Alessandro Diogo De Carli|Paulo Zárate-Pereira|Cibele Bonfim de Rezende Zárate|Edilson José Zafalon|Valéria Rodrigues de Lacerda|Andrea Carla Franchini Melani|

Historicamente, a própolis foi utilizada como medicamento por suas propriedades químicas. A partir dos anos 80, vários estudos demonstraram sua capacidade antimicrobiana, permitindo, assim, seu emprego terapêutico e preventivo. Esse artigo tem como objetivo demonstrar, através de revisão da literatura, a relevância da utilização da própolis no campo da Cariologia, considerando o seu caráter determinante para a estabilização dos fatores microbianos e de equilíbrio do processo de desmineralização e remineralização (processo DES-RE) da estrutura dentária. A própolis demonstrou ser efetiva na inibição da enzima glicosiltransferase (GTF), bem como na diminuição da produção de polissacarídeos insolúveis ou glucanos, que interferem na adesão bacteriana e, consequentemente, permeiam o acúmulo/estagnação do biofilme cariogênico. Estudos realizados in vivo e in vitro demonstraram que a presença de flavonoides na composição química da própolis comprova sua ação antibacteriana, e sugerem o seu emprego no controle do biofilme bacteriano bucal. Esse estudo permitiu concluir que, por apresentar comprovada ação antimicrobiana, a própolis representa um potencial agente de controle da cárie dentária, do acúmulo do biofilme cariogênico e do processo DES-RE. Entretanto, em relação ao processo DES-RE, sugerem-se novos estudos para obtenção de dados mais consistentes.

Palabras Clave: |Própolis|Biofilme dentário|Atividade antibacteriana|

domingo, 29 de diciembre de 2024 00:42