Mariana Wendler Cleto Travagin, Daniel Gheur Tocolini, Niels Salles Willo Wilhelmsen, Carlos Deantoni
Introdução: as fraturas de côndilo mandibular são extremamente comuns, e seus tratamentos são bastante controversos. Durante o tratamento ortodôntico, podem surgir alguns imprevistos, e é importante que o cirurgião-dentista esteja atento a sinais clínicos e aos relatos do paciente. Relatamos o caso de uma paciente portadora de aparelho ortodôntico, em que, em um de seus retornos mensais ao consultório, observou-se desvio de linha média, diminuição da dimensão vertical de oclusão (DVO), dificuldade nos movimentos de lateralidade e abertura bucal, sem sintomatologia dolorosa. Métodos: imediatamente, foi solicitada radiografia panorâmica, e, assim que constatada fratura bicondilar, foi instalado um dispositivo interoclusal associado a elástico Classe II do lado direito e Classe III do lado esquerdo,para estabilização da mandíbula na linha média. Foram solicitadas tomografias da região condilar para verificar a extensão da fratura. Considerando a idade da paciente (10 anos) e o fato do diagnóstico ter sido realizado tardiamente, descartou-se a opção do tratamento cirúrgico. Optou-se por um tratamento conservador, com o uso de dispositivo interoclusal (placa de acrílico posterior para levantamento de mordida) associado a elásticos e a aparelho protrator de mandíbula (APM). Resultados: após 10 meses, os fragmentos condilares resultantes da fratura foram reabsorvidos e a cabeça da mandíbula sofreu remodelação. Conclusão: ao se optar pelo tratamento conservador, obteve-se sucesso, o que nos leva a crer que, em casos semelhantes, o tratamento conservador deve ser priorizado.
Palabras Clave: Ortodontia. Fraturas mandibulares. Côndilo mandibular.
sábado, 28 de diciembre de 2024 14:55