Alberto Consolaro, Graziella Bittencourt
Resumo: O objetivo principal deste artigo é expor as razões pelas quais, em dentes com reabsorção dentária externa, não se deve fazer o canal para tratá-la, incluindo as de origem ortodôntica e, mais especialmente, as associadas aos procedimentos operatórios cirúrgicos para tracionamento de caninos. O tratamento endodôntico deve ser feito na reabsorção dentária externa apenas quando os dentes apresentam-se com contaminação ou necrose pulpar, para remover a inflamação periapical induzida pelos produtos microbianos. Nos casos com reabsorção dentária externa, as condutas devem priorizar, sempre, a seguinte sequência: primeiro, identificar precisamente a causa; depois, planejar a forma de abordagem terapêutica e, por fim, adotar as condutas de forma muito bem fundamentada. As situações em que o tratamento endodôntico está indicado no terapêutica das reabsorções dentárias são aquelas onde há: a) necrose pulpar por contaminação microbiana, b) necrose pulpar asséptica, c) metamorfose cálcica da polpa inicial e d) diagnóstico de reabsorção interna. Não se consegue controlar por via pulpar o processo reabsortivo que está ocorrendo na parte externa; afinal, as causas estão atuando no ligamento periodontal. Não há qualquer evidência que justifique fazer o tratamento endodôntico, via canal, para controlar processos reabsortivos externos, quando a polpa está com vitalidade.
Palabras Clave: Reabsorção dentária. Reabsorção radicular. Reabsorções externas. Tratamento das reabsorções
Cómo citar: Como citar esta seção: Consolaro A, Bittencourt G. Não se deve fazer o canal para tratar as Reabsorções Dentárias Externas! Rev Clín Ortod Dental Press. 2016 Out-Nov;15(5):118-26. DOI: http://dx.doi.org/10.14436/1676-6849.15.5.118-126.cont
sábado, 28 de diciembre de 2024 14:00